Hospício

Um pensa ser Napoleão

no império da loucura,

toma um sossega leão,

e esquece a vida obscura.

Outro com agulha se espeta,

um conversa com o invisível,

mais além vemos um poeta,

esquecidos no juízo perecível.

Altas doses de eletrochoque

ao que pensa ser para-choque,

este é o mundo do hospício,

a realidade cai no precipício.

Na camisa de força envolvidos,

são os restos da humanidade,

de seus direitos excluídos,

apodrecem na triste insanidade.

Descrição dos antigos manicômios.

Ezidio Alves
Enviado por Ezidio Alves em 14/09/2021
Código do texto: T7341904
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