Gritos na escrita
Meus versos choram
Minha alma grita todos os dias
Escorrendo diversos sentimentos nas entrelinhas
Dores que eu coloquei para fora
E memórias que arquivei do lado esquerdo do peito.
Sente-se!
Mergulhei de cabeça naquilo que me doí
E agora preciso confessar para alguém:
Eu grito e a voz não sai mais
Coração moldado por incertezas,
Picos de alegrias e muitas decepções.
Eu faria uma estante de livros só disso
É triste?
Talvez!
Mas de uma coisa eu sei
Não é exagero,
Eu realmente escrevo o que rasga o peito.
A minha escrita carrega sentimentos
Daqueles que me leem e se expressam
E dos outros que só me observam
Porque o que nos atravessa
A gente se silencia e reflete.
Eu sei que você me ler e não comenta
Relaxe, eu sei que meus versos te fazem refletir.
“Monstro da escrita”
No dia que aquela garota me chamou assim
Sentei ao seu lado e ela começou a chorar
Porque se identificou com cada verso que eu escrevi.
Por que poesias góticas?
Lembro-me quando fui questionado sobre isso.
Porque é nesse espaço que você escuta as vozes
Porque é aqui que as almas gritam o que o coração sente
Porque é no silêncio que você entende
Que certas decisões você terá que tomar sozinho.
Geração que encobre as suas dores
Para postarem textos “bonitinhos”
A beleza se torna relativa aos olhos de que veem
Essa parte você aprende nas aulas de Filosofia.
Não esqueça mais, viu?
Gerações que sorriem ao seu lado
E entram em crises internas
Quando estão sozinhos
No fundo, você sabe muito bem disso.
Por que você escreve textos que arranham lágrimas?
Eu já derramei tantas que criei diversos livros
Existem tempos que o seu coração sangra,
Existem tempos que as suas feridas saram
Mas, nenhum corpo existente esquecerá
Daquilo que atravessou a sua alma em vida.