Gritos na escrita

Meus versos choram

Minha alma grita todos os dias

Escorrendo diversos sentimentos nas entrelinhas

Dores que eu coloquei para fora

E memórias que arquivei do lado esquerdo do peito.

Sente-se!

Mergulhei de cabeça naquilo que me doí

E agora preciso confessar para alguém:

Eu grito e a voz não sai mais

Coração moldado por incertezas,

Picos de alegrias e muitas decepções.

Eu faria uma estante de livros só disso

É triste?

Talvez!

Mas de uma coisa eu sei

Não é exagero,

Eu realmente escrevo o que rasga o peito.

A minha escrita carrega sentimentos

Daqueles que me leem e se expressam

E dos outros que só me observam

Porque o que nos atravessa

A gente se silencia e reflete.

Eu sei que você me ler e não comenta

Relaxe, eu sei que meus versos te fazem refletir.

“Monstro da escrita”

No dia que aquela garota me chamou assim

Sentei ao seu lado e ela começou a chorar

Porque se identificou com cada verso que eu escrevi.

Por que poesias góticas?

Lembro-me quando fui questionado sobre isso.

Porque é nesse espaço que você escuta as vozes

Porque é aqui que as almas gritam o que o coração sente

Porque é no silêncio que você entende

Que certas decisões você terá que tomar sozinho.

Geração que encobre as suas dores

Para postarem textos “bonitinhos”

A beleza se torna relativa aos olhos de que veem

Essa parte você aprende nas aulas de Filosofia.

Não esqueça mais, viu?

Gerações que sorriem ao seu lado

E entram em crises internas

Quando estão sozinhos

No fundo, você sabe muito bem disso.

Por que você escreve textos que arranham lágrimas?

Eu já derramei tantas que criei diversos livros

Existem tempos que o seu coração sangra,

Existem tempos que as suas feridas saram

Mas, nenhum corpo existente esquecerá

Daquilo que atravessou a sua alma em vida.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 04/08/2021
Código do texto: T7313447
Classificação de conteúdo: seguro