VAGANTE

Vagante

Venho de tempos e terras distantes

Trago lembranças do que não vivi,

Vivo à procura do que não senti.

E ardendo por sonhada calma,

Fujo de sóis, perco-me em luas

Habitando noites de mundos sós

Pois o veneno que abateu teu corpo,

Cativa amada de minh’alma,

Porquanto não te afastou de mim

Pois do teu beijo continua o desejo

Do teu abraço persiste o afã.

E apesar do agouro dos corvos,

Ah, tão bela e pobre querida!

És, minha vida, essa imensa saudade,

Na eternidade da morte que te foi vã.

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Uma bela e instigante interação da

Poetisa Vera Mascarenhas!

Obrigado, Vera!

"Uma poesia com corvo

E um bom gosto pra levar da infância

Que pensou que o corvo era pomba preta

Olha só a distância da mutreta!

Esse corvo venceu a vida

E trouxe poesia sem caneta!"

(Vera Mascarenhas)

Marcus Vinícius Andrade Andrade
Enviado por Marcus Vinícius Andrade Andrade em 14/07/2021
Reeditado em 02/12/2021
Código do texto: T7299640
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