A perversão de Devorath

Crânio em mãos pesa meus ignóbeis dedos,

fatiga meus ossos e coagula meu podre sangue.

Seus obscuros olhos molestam meus medos,

abjeto sorriso a fagocitar minha boca infame.

Madrugada, ábdito ódio perece minha calma,

que vedes a putrefação de meu lindo rosto,

e de augúrio profetiza minha néscia alma.

Meu castelo inundado nas marés do poço.

Assombração malogra meu ouvido,

busca o sacrossanto em completude,

mal sabe que meu espírito é omisso;

Folhas do meu Éden secas em atitude.

Sou como os vermes da terra santa,

sangrado, angustiado e prostrado.

Neofilia no profano, silaba do mantra.

Extenuado em viver, a heresia alvitrado.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 02/06/2021
Reeditado em 08/04/2024
Código do texto: T7269882
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