POEMA PARA ARY

Através dos meandros de sua dor

Vislumbras tênues raios de luz

Que, como espectros, vem a ti

Lampejos, flashes, vestígios

Que te guiam

Que te cegam

Desfigurando a imagem

Sobreposta que sua sombra

Projeta ao redor...

Há em ti

Algo que não ousas sentir

Que se insere no teu mundo

E tu, com essa blindagem

Não deixa emergir

Fica proibido enfim!

Trôpego nessa tortuosa ambivalência

Clamas por afeto

Enquanto esbofeteia o arauto

Incutindo a ele o espólio de sua

Obscura e frágil existência

Olho para ti

E tomo para mim, esse teu sofrer

Como poderia minha poesia

Te alcançar e te ajudar,

Nesse duelo intenso

Que travas consigo mesmo,

E a angústia e o medo combater?

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Nota: Esta é primeira tentativa nesse estilo, com o qual não tenho nenhuma familiaridade, e confesso não gosto muito, porém seguindo minha intuição, e com fragmentos de um sonho de noites passadas, aqui se faz uma narrativa sem compromisso com a arte propriamente dita.

Muito grata a todos pela atenção, leitura e apreciação

https:/palavrasnotasevivencias.blogspot.com

Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 11/05/2021
Reeditado em 12/05/2021
Código do texto: T7253091
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