Descanso
A noite é bela! Tão bela quanto o dia.
Ele tal, que é iluminado apenas por um astro.
A noite é mais complexa.
Incontáveis estrelas, circundando a dama.
Eu, no entanto, prefiro a noite...
Para caminhar longinquamente
A estrada sem fim,
Rumo à morte.
Lamentava eu a morte
De um ente querido.
Ao terminar o cortejo...
Ajoelhei-me defronte à tumba negra.
Com as mãos postas, segurando uma cruz,
E cabisbaixo, chorava a sua perda.
Durante horas, falava com a tumba,
Na esperança de que me ouvisse,
E percebesse o quanto eu o admirava.
Tal foi minha indignação ao não obter resposta ou questionamento.
Olhei para o céu nublado, uma gota cai sobre meu rosto.
O nome de Eloi clamei. Esqueceu-me.
Olho para a lápide. Meu nome escrito a formões.
Minha amiga com certeza me atenderia,
Caso a chamasse...
Para consolar-me.
Clamei-a em pensamento.
E não demorou muito.
Senti sua fria mão pousar sobre meus ombros.
A morte convida-me a descansar.
Começou a chover. Deitei-me...
Sobre a tumba, com meu nome registrado.
A morte ao meu lado...
Apesar dos trovões...
Adormecemos.