Sem perdão

Então eu estico minha mão

E toco uma estrela,

Puxo pra perto

O fruto proibido,

E o que é profano vai de encontro

Aos meus lábios puros.

Eu mordo com força

E sinto gosto de sangue.

Água não purifica

A imundície na minha alma,

Mas mesmo assim eu tento.

Mergulho a cabeça

E pratico o proibido:

Um suicídio.

O líquido invade meus pulmões

E eu afogo

Nos meus pecados.

Acenda uma vela,

Pois não há mais perdão pra mim.

Olive Siofra Rodrigues Cyelarko
Enviado por Olive Siofra Rodrigues Cyelarko em 05/05/2021
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