LVII - Memento Mori - Ethos de uma Alma Invertida

Eu aceito seu manto

Negro e beijo sua face

Em ossos amarelados.

Nada mais aqui me

Conforta ou me apraz...

Nem mesmo outros corpos.

Ah! Eu derramo gotas

Rubras sobre este Jardim

Selvagem e irrigo suas

Flores viçosas e coloridas.

E o vento, letárgico,

Que balança preguiçosamente

A relva esmeralda,

É o perfume, o alento,

O torpor que me leva a Deus.

Eu, vestido com a pompa e

Luxo, almejo seu manto

Negro e maltrapilho.

Eu, de boca rubra e quente,

Beijo a sua boca sem lábios

E almejo o frio de seu corpo