Vampiro Melancólico

Em seu quarto fechado

Sente frio e fome

Finado intocado

Abandonado homem

Sofre o mal da noite

Do Sol oculto está

Pois queima-lhe como açoite

Quando sua pele tocar

Dia após dia em casa

Esquivando-se dos riscos

Entediado cria asas

Odiando os solstícios

Sua presa nem sonha

A este lobo dispor

O medo é uma coronha

Velado pelo torpor

Brinda aos condenados

Lágrimas não lhe comove

Servirão como gados

Cujo sangue lhes absorve

Apaixonado pela comida

Esconde-se o maldito

Caçado pelas famílias

Sem direito ao veredicto

Sem amigos ao redor

Vive só e taciturno

Sua besta é maior

E em hábito noturno

Seu mal é contumaz

Tem prazer neste terror

Só o sangue satisfaz

E aumenta sua dor

Glaussim
Enviado por Glaussim em 17/03/2021
Reeditado em 17/03/2021
Código do texto: T7209165
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