Tempestades do corpo
Tempestades do corpo
Não sei lidar.
Não sei o que dizer.
Não sei o que pensar.
Eu só sei sentir.
Coração ficou em pedaços
Quando você decidiu partir.
O sentir doi
O sentir corta
O sentir sangra
O sentir marca.
Descalço
Coração rachado
Mente distorcida
Alma se reconstruindo à força
Demônios gritando por todos os lados.
Nunca reclamei das apunhaladas
Mas, eu nunca disse que não vi
De onde vieram todas elas.
Nunca reclamei de caminhar sozinho
Mas, eu nunca disse que não reparei
As pessoas que foram e que ficaram.
Não revele a face a que desaba, mas
Mostre para eles como você sobreviveu a tudo isso.
Meu silêncio fala coisas que ninguém me diz
Meu silêncio é assustador até para mim
Nunca foi só poemas, meu caro
Existem mensagens nas entrelinhas, meu bem.
Confusão mental.
Não sinto mais nada?
Como você se sente?
Você sente como eu me sinto?
Você tem algo a me dizer?
Lágrimas não caem mais.
E por que será?
Meu corpo questiona
Colocando a minha alma contra a parede
ME RESPONDA!
Por que as lágrimas já não caem mais?
Só quem já se decepcionou profundamente, sabe.
O chão da sua alma é de vidro
Eu vejo as rachaduras espalhadas daqui.
Memórias são os fantasmas que apoiam e condenam.
A alma não fala em silêncio?
Então, grita com vontade que eu quero te ouvir.
Pessoas vem e vão, mas ninguém o escutava.
Pessoas chegam
Navegam ao seu lado
E quando chegam as tempestades
Elas vão embora quando o barco começa transbordar.
Chovem surpresas pelo o meu corpo
Despejam sensações pela minha alma
O vazio que registro com os três pontinhos
São mensagens que eu já não consigo escrever mais.
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