Borboletas
São as bruxas da floresta
Depois de hibernar em casúlos
Despertam em ascenção mágica
Volvendo ingredientes e insumos
Pra alimentar sua beleza rara
Colhem néctar floral
Beijam a seiva das árvores
E carcaças de algum animal
Voltam pra si a provar
Lágrimas, sangue e suor
Bailam em movimentos no ar
Formam o belo absorvendo o pior
Com um pouco de tudo que colhem
Cozinham a metamorfose ideal
Botam seus ovos enquanto dormem
Com misticismo surreal