Sombra de mim
Como túmulos perdidos na neve
É meu o coração.
A neve repousa por todo lando,
Meu coração está frio e vazio.
E assim afogarei em meu
Oceano negro.
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro desta tua última quimera.
Não quero preces
E nem homenagem
Vivi sangrando, esperando a morte
Uma alma a tempos ferida
Jogada em meio a outros corpos
Fria, flácida, a muito perdido.
Agora ouço a voz da solidão
Minha melhor companhia
Convidado-me a partir.