Refém da mente
Acorrentado pelas memórias
Abraçado pelas poesias.
Escrevo o que aquece o corpo
Escrevo o que transborda na mente
Escrevo aquilo que não se descreve
Mas o que apenas se sente.
Pensamentos gritam pelas madrugadas
Enquanto as lágrimas escorrem as escondidas.
Eu escrevo o que vivi
E coisas que eu luto até hoje para esquecer.
Eu me tornei refém
Refém dos meus fantasmas
Refém dos meus pensamentos
Refém de mim mesmo, sabe?
Eu me encontro afogado em um mar de indecisões
Eu me vejo observando pessoas indo
E outras chegando.
O céu escureceu
E escrevendo esse poema
Eu cheguei a seguinte conclusão:
A gente se cansa de projetar em alguém
Um jeito que nunca existiu nela.
O céu escureceu.
E escrevendo esse poema
Eu cheguei a seguinte conclusão:
A gente se cansa de projetar em alguém
Um jeito que nunca existiu nela.
Decisões são necessárias.
As frustações de hoje
Serão partes da minha armadura de amanhã
Ausências geram feridas
E o excesso se tornam cicatrizes
Nas quais você aprende a conviver.
Ontem, eu vivi um grande amor
Hoje, apenas a sensação do sentimento restou.
Eles não sabem nem a metade de como é
Conviver dia a dia com as vozes da sua mente.
Eles nem imaginam como é
Rasgar o seu coração para expressar o que sente.
Meu silêncio grita tantas coisas
O que você sente quando me ler?
Um poeta que caminha com a solidão
Ou aquele que luta contra ela?
Tem dias que o coração toma o controle
Tem dias que desabo, mas eu mesmo me levanto
Tem dias que eu apenas existo
E quando me coloco no automático
A alma vem e retoma o controle da situação.
Eles querem entender o que escrevo
Mas se esquecem de refletir
Com o que eu registro nos meus versos.