Refém da mente

Acorrentado pelas memórias

Abraçado pelas poesias.

Escrevo o que aquece o corpo

Escrevo o que transborda na mente

Escrevo aquilo que não se descreve

Mas o que apenas se sente.

Pensamentos gritam pelas madrugadas

Enquanto as lágrimas escorrem as escondidas.

Eu escrevo o que vivi

E coisas que eu luto até hoje para esquecer.

Eu me tornei refém

Refém dos meus fantasmas

Refém dos meus pensamentos

Refém de mim mesmo, sabe?

Eu me encontro afogado em um mar de indecisões

Eu me vejo observando pessoas indo

E outras chegando.

O céu escureceu

E escrevendo esse poema

Eu cheguei a seguinte conclusão:

A gente se cansa de projetar em alguém

Um jeito que nunca existiu nela.

O céu escureceu.

E escrevendo esse poema

Eu cheguei a seguinte conclusão:

A gente se cansa de projetar em alguém

Um jeito que nunca existiu nela.

Decisões são necessárias.

As frustações de hoje

Serão partes da minha armadura de amanhã

Ausências geram feridas

E o excesso se tornam cicatrizes

Nas quais você aprende a conviver.

Ontem, eu vivi um grande amor

Hoje, apenas a sensação do sentimento restou.

Eles não sabem nem a metade de como é

Conviver dia a dia com as vozes da sua mente.

Eles nem imaginam como é

Rasgar o seu coração para expressar o que sente.

Meu silêncio grita tantas coisas

O que você sente quando me ler?

Um poeta que caminha com a solidão

Ou aquele que luta contra ela?

Tem dias que o coração toma o controle

Tem dias que desabo, mas eu mesmo me levanto

Tem dias que eu apenas existo

E quando me coloco no automático

A alma vem e retoma o controle da situação.

Eles querem entender o que escrevo

Mas se esquecem de refletir

Com o que eu registro nos meus versos.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 04/01/2021
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