Neblina mental

O poeta se afoga em uma chuva de perguntas

Criadas por ele mesmo.

A verdade é que todos nós temos segredos

Que não vamos compartilhar

Eu aprecio a solidão

Mas, a solitude muito mais.

No meu coração memórias foram trancadas

Mas, os aprendizados foram escritos

Por todos os lados.

Sangrei quando tive que caminhar sem você

Mas, eu aprendi a sobreviver.

Só quem se cortou sabe exatamente onde é

O local que se concentra a sua dor.

Corpo entrando em conflito com a alma

Eu sentia meu corpo cicatrizando

Quando comecei a refletir

Nas poesias que eu escrevia.

Cicatrizes moldaram meu corpo

E fortaleceram a minha alma

Na base de muitas lágrimas

E choros derramados no silêncio.

A neblina esconde as minhas lágrimas

Mas expõe as fragilidades que estavam

Escondidas no meu coração.

Eles conhecem a face que sorri

Mas jamais conheceram

A face que enlouquece

Desaba e transborda.

O poeta carrega um mar de sensações dentro de si.

Amadurecer roubou a minha inocência

Dilacerou o meu coração

Mas restaurou a minha alma

Meu coração só foi reconstruído

Quando o amor próprio foi convidado

Para ser o protagonista da cena.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 04/01/2021
Código do texto: T7151339
Classificação de conteúdo: seguro