Anotações da alma
Anotações da alma
Eu escrevo o que a minha alma grita
Abraço, atravesso e transcrevo
Versos abraçados com reflexões
Feitas nas madrugadas em silêncio.
Eu tenho leitores que me leem
Refletem e comentam
Mas, eu tenho outros que ficam quietos
Se questionando como apenas um verso
Pode expressar o que o seu coração sente.
Me escondi entre as minhas palavras
Para expressar versos escritos pela alma
Esse é o nome do meu livro.
Eu tenho um segredo:
A minha alma tomou o controle do meu corpo
E já está produzindo o meu vigésimo primeiro livro.
Criei personagens nos quais refletem
Observando as pessoas que vestem máscaras
Para esconder as cicatrizes desenhadas
Em suas almas.
O poeta deseja abraçar ou ser abraçado?
O poeta transborda aquilo o que o seu coração sente
Ou o que a sua alma anseia por falar?
Quem é você quando está em silêncio?
Quem é você?!
Quem sou eu?
Eu olho para o espelho
E vejo as marcas que as decepções
Desenharam em mim.
Por que me afogo e transbordo quando escrevo?
Os seus pensamentos gritam, não é?
Eu os escuto daqui.
Não se apaga aquilo que vivemos
Então, no lugar nós dizemos:
“Eu não quero falar sobre isso”
Costura a sua dor e escreve o que sente
Costura as suas memórias
E retira os aprendizados que nelas escorrem.
Junta os cacos do seu coração
Engole o choro e segue em frente.
Olha nos meus olhos e me responde:
Você enxerga a minha alma
Abraçando o meu coração?
O inferno mental existe
E o problema não é a solidão
Mas as memórias que elas trazem.
Sabias palavras do Rafael Silva.
Eu tomei uma grande dose de amor próprio.
Então, eu te peço:
Eu sei o que passei
Não me venha com amores rasos
Você jamais preencherá um coração rachado
Que luta até hoje
Para se reconstruir.