NESTA NOITE SEM FIM
Tomo meu chá da tarde,
leio o jornal com noticias de ontem
e depois ando pelas avenidas
dos vivos,
(...) e dos mortos,
com o pouco que de mim
haja restado!
Todo o mais de alguma alegria,
também foi levado pelas enxurradas
sob sóis e chuvas, em manhãs
invernais,
(...) entre as brisas
as tempestades e os
seus vendavais!
Que eu possa então vagar,
meio sonâmbula, entre as brumas
daquela floresta com os
fantasmas amigos,
(...) que
não me causam
nenhum mal,
e nem eu
(também a eles),
nesta noite sem fim!