NESTA NOITE SEM FIM

Tomo meu chá da tarde,
leio o jornal com noticias de ontem
e depois ando pelas avenidas
dos vivos,

(...) e dos mortos,
com o pouco que de mim
haja restado!

Todo o mais de alguma alegria,
também foi levado pelas enxurradas
sob sóis e chuvas, em manhãs
invernais,

(...) entre as brisas
as tempestades e os
seus vendavais!

Que eu possa então vagar,
meio sonâmbula, entre as brumas
daquela floresta com os
fantasmas amigos,

(...) que
não me causam
nenhum mal,

e nem eu
(também a eles), 
nesta noite sem fim!
Fernanda Xerez
Enviado por Fernanda Xerez em 05/12/2020
Código do texto: T7128433
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