Saliva de fada
Queria poder ignorar a morbidez e as sombras, não falar da noite, dos crisântemos e da lua, mas pareceria que ainda sou tua.
Queria adormecer para a magia me acordar, morrer nos versos obscuros e numa "fantasia" romântica brotar. Nada dizer diante de teu óbvio e dos textos prontos que te vestes.
Mas sou tão minha, tão livre, tão crua que só sei andar nua.
Ah, meu amor...
De hipotético a patético.
Não é um lamento, são tormentos.
Não acredito e não tenho habilidade para escrever contos de fadas.
Minhas fadas são sacanas demais, censuradas.
Tem histórias de amor que eu não sei contar,
um caos encantado,
entre "nós" desatados...
Palavras apreciadas somente pelos amantes do estrago. As vezes cortam, as vezes curam.
Saliva de fada que não conta nada, mas passa a língua na ferida.