Congelado

Caminho com o coração rachado

E com a alma rodeada de curativos

Fecho os olhos, coloco uma música

E escrevo o que sinto.

Em silêncio, eu apenas escrevo

Registro o que o coração fala

E o que a alma grita nas entrelinhas

Congelei emoções por excesso de decepções

Congelei sensações por medo de expôr as feridas que foram desenhadas no meu coração.

Em silêncio, eu apenas escrevo

Registro o que o coração fala

E o que a alma grita nas entrelinhas

Congelei emoções por excesso de decepções

Congelei sensações por medo de expor

As feridas que foram desenhadas no meu coração.

Por que certos sentimentos se esfriam?

Por que matei o meu “eu” de ontem?

Por que me desmontei no seu abraço?

Por que eu chorava escrevendo?

Eu me vejo afogado em porquês

Eu me vi sozinho

No momento em que eu mais precisava de você.

A imaturidade cobra!

Peço que não se esqueça desse verso acima.

Eu sei o que passei

Eu sei o que é ver o seu mundo caindo

E você ter que aceitar que perdeu.

Você consegue sentir a dor vindo desses versos?

É preciso me ler com a alma

Para que as palavras te atravessem.

A dor que marca não é ser derrotado

Mas é ter que conviver com ela constantemente

Compreende?

Sorrisos programados

Escritos que não foram registrados

Choros em silêncio

O coração do poeta é um mar

Onde ele se afoga diariamente.

Eu me perdi tentando reencontrar

Meu antigo eu.

Eu me encontrei quando reconheci

Que precisava seguir em frente

Mesmo com o coração machucado

Acorrentado pela mágoa

E decepcionado pelas pessoas que amava

Aprenda com os seus erros e segue a sua vida.

Não se arrependa dos choros derramados

Você amou alguém de corpo e alma

Não se permita esquecer dessa sensação.

Doi, mas passa

E no final, você aprenderá a se amar mais ainda.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 15/11/2020
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