Insônia
Eu transbordo em sono
no escuro, na horizontal
Evaporo-me!
Na mente sou consumado
Num estado de paralisia...
Há um demônio
Que tem meu nome
E passeia pelos meus neurônios.
Evoca o passado num auto falante;
É gritante... Meu tímpano
Está sujo de sangue.
Minhas garras agridem o vácuo
E trombam minha feição...
Momentos serão estados?
Quero arrancar este coração.
Esse firmamento me devora
O sono era como uma droga
Mantinha-me vivo como um vício.
Eu tragava a madrugada sem perigo,
Pois antes, em paz, estava dormindo.