Insônia

Eu transbordo em sono

no escuro, na horizontal

Evaporo-me!

Na mente sou consumado

Num estado de paralisia...

Há um demônio

Que tem meu nome

E passeia pelos meus neurônios.

Evoca o passado num auto falante;

É gritante... Meu tímpano

Está sujo de sangue.

Minhas garras agridem o vácuo

E trombam minha feição...

Momentos serão estados?

Quero arrancar este coração.

Esse firmamento me devora

O sono era como uma droga

Mantinha-me vivo como um vício.

Eu tragava a madrugada sem perigo,

Pois antes, em paz, estava dormindo.

Joinster
Enviado por Joinster em 29/10/2020
Reeditado em 29/10/2020
Código do texto: T7099159
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