Fantasmas na escrita
Fantasmas na escrita
Perseguido pelo o medo de errar
Eu fechei os meus olhos
E fui engolido pelo o silêncio que estava no ar.
Papel e caneta
Café e sentimentos
O garoto que gritava em silêncio
É o mesmo que conforta os corações destruídos.
Meu pior inimigo corre pelo o meu sangue
E se esconde na minha mente.
Eles desejam um mar de intensidades
Mas se afogam quando me leem
O corpo que vos escreve
Perdeu!
Perdeu pessoas durante o tempo
Perdeu um grande amor
Se perdeu!
O ser humano perde a sua sanidade
Quando abre espaço para que o medo entre.
Depressão bateu na porta:
“Me deixe entrar, eu sei como se sente.”
A alma permitiu a sua entrada
Reconfigurando a mente
Examinando o coração
Como se sente?
O vazio te consome porque você finge
Que a dor não existe.
Cada verso que escrevi
Existe alma
Existe solidão
Existem dores que não cabem nesse poema
A depressão que entrou para fazer morada ontem
É a mesma que acabou saindo frustrada hoje.
Ansiedade buscou ser amigável
E saiu completamente assustada daqui.
Por que não consigo afetar aquele corpo?
Por que não consigo fazer ele se render?
Por que ele não grita quando arranho o seu coração?
Pisei em suas memórias!
Desenhei várias decepções na sua alma
Torturei os seus pensamentos enquanto escrevia
Destruí complemente o seu grande amor
Mas, por que diabos esse homem insiste em viver?
Ele me assusta!
Ele chora sem fazer barulho
Ele sangra por dentro, mas sorri por fora
A mente daquele homem conseguiu me fazer desistir.
Foi a primeira vez que eu vi
Um corpo continuar caminhando triste,
Sangrando e sozinho.
Se motivando, incentivando e aprendendo.
Eu o vi chorar poucas vezes
Mas, ele sempre emanava uma energia positiva
Para aqueles que estavam do seu lado.
Ele caía, mas ele mesmo se levantava
E ainda incentivava os que estavam com ele.
Como isso é possível?
Até hoje eu não sei te responder.
Só sei que ele sente dor
Mas não se entrega a ela.
Ele sentiu o seu coração se partir
Mas, ele juntou os pedaços
E apenas o seguiu o seu caminho.