Demônios

Demônios

Escrevendo e apagando

Paralisado e observando

Me perdendo e me achando

Refletindo e me silenciando.

Libertando demônios enquanto escrevo

De um lado eles gritam:

Você acha que esquecemos de você?

E do outro, eu os respondo:

Não quero que me esqueçam,

Mas quero me ajudem a amadurecer.

Eu estava em silêncio

Por isso, vocês nunca mais leram os meus poemas.

A mente do poeta é um labirinto

Que nem ele sabe o caminho direito.

Eu tentei evitar sentir

E acabei sendo afogado pelos os meus sentimentos

Meu coração segue em silêncio

Tive que perder para entender

Que nossas palavras podem sim

Marcar os corações de alguém.

Me fortaleci na dor

Quando assumi que ela estava viva aqui dentro.

Reconfigurei a minha mente para consegui suportar

O peso que é caminhar

Chorar

Desabar

Refletir

E me reconstruí sozinho.

Coloquei curativos no meu coração

E seguir meu caminho

Rejeitando algumas lembranças

Mas sempre seguindo em frente.

Colocando o coração na escrita

E deixando a minha alma

Se tornar a protagonista da cena.

Geração da leitura rápida

Porque é mais fácil ler por cima

Do que explicar o que atravessou a sua alma.

A mulher vestiu a sua armadura de frieza

Porque quando ela mais precisou falar

Eles começaram a apontar os seus erros

Mas não pararam para escutar

Os gritos que ecoavam no seu coração.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 29/10/2020
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