Demônios
Demônios
Escrevendo e apagando
Paralisado e observando
Me perdendo e me achando
Refletindo e me silenciando.
Libertando demônios enquanto escrevo
De um lado eles gritam:
Você acha que esquecemos de você?
E do outro, eu os respondo:
Não quero que me esqueçam,
Mas quero me ajudem a amadurecer.
Eu estava em silêncio
Por isso, vocês nunca mais leram os meus poemas.
A mente do poeta é um labirinto
Que nem ele sabe o caminho direito.
Eu tentei evitar sentir
E acabei sendo afogado pelos os meus sentimentos
Meu coração segue em silêncio
Tive que perder para entender
Que nossas palavras podem sim
Marcar os corações de alguém.
Me fortaleci na dor
Quando assumi que ela estava viva aqui dentro.
Reconfigurei a minha mente para consegui suportar
O peso que é caminhar
Chorar
Desabar
Refletir
E me reconstruí sozinho.
Coloquei curativos no meu coração
E seguir meu caminho
Rejeitando algumas lembranças
Mas sempre seguindo em frente.
Colocando o coração na escrita
E deixando a minha alma
Se tornar a protagonista da cena.
Geração da leitura rápida
Porque é mais fácil ler por cima
Do que explicar o que atravessou a sua alma.
A mulher vestiu a sua armadura de frieza
Porque quando ela mais precisou falar
Eles começaram a apontar os seus erros
Mas não pararam para escutar
Os gritos que ecoavam no seu coração.