A Despedida
A cavalgada de uma noite sombria
Um coração quente que se transforma em cinzas
Os sonhos alçam voos livremente
Mas a sede de outros os condena friamente
O cair de uma chuva totalmente silenciosa
Em meus olhos se passa o vislumbre de uma linda memória
Quem poderia por si só adivinhar
Essa constante vida de âmbar
O que sempre foi me dito
Não se pode prever o que não foi vivido
Sinto falta de quando a lua resplandecia
E seu brilho me enchia de energia
Mesmo que passamos por todas essas fases
O sentido se perde por toda parte
Seus anseios me ilumina
Mas meus desejos se tornam um inimigo
Os lamentos dos que sofrem
Os mesmos que sugam toda a minha sorte
A prepotência de me dominar
Só faz com que eu passe a lhe odiar
O destino se constrói a cada conquista
Orquestrado pela minha própria escrita
Há quem ousa me entender
Há quem escolhe me esquecer
Pelo meu egoísmo deixo de me importar
Pelas dores de uma vida que me impedem de amar
Dos ventos serenos que me levam embora
O tempo escolhe por fim a minha hora
Sem se quer uma derradeira despedida
Não permitindo mais ser impedida
Dos lábios um sorriso singelo
A face de um brilho coberto