Mori

Deleitar-me-ei ao som circunspecto de seus passos

A ferida por dor já doída, o seu leito ou meu peito, peito que partiu

— Ora, Graça, por que àquilo que fizeste não é mais d’alma que pertence? —

Zumbidos para ouvidos desprevenidos ao som, para quem já ouviu perece

Não, não! Repelir meus prazeres por modo de transformação contínua

É como se não houvessem tais fins, apesar de haveres, afazeres d’alma!

“Que alma... Àquela que roubaste de mim antes mesmo tê-la?”

Antes mesmo do gosto, gosto do prazer além.

Ah, que bom revê-la apesar de nunca ter visto

Apesar do nunca, trataremos da mesma forma

Sempre juntos, apesar de distantes!

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 13/10/2020
Reeditado em 13/10/2020
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