Sonhando com a Deusa Ártemis
Depois de um intenso filosofar.
Deitei-me em busca de paz.
Sem dormir, me pus a sonhar.
Com coisas que só o delírio traz.
Me vi em Éfeso, atual Turquia.
No templo da grande Deusa Diana.
Uma das Sete maravilhas, eu via.
E mergulhei numa alegria insana.
De repente eu conhecia a história.
Daquela Deusa bela e selvagem.
Estava tudo na minha memória.
Como flash em forma de imagem.
Eu via Leto sofrendo horrores,
Até que a grega Ártemis nasceu.
Porém não cessaram suas dores,
Porque o Apolo nem se mexeu.
Como um Deus já nasce completo.
Artemis pôde à sua mãe ajudar.
A trazer ao mundo o irmão predileto.
Do qual também ajudou a cuidar.
Ártemis e Apolo são gêmeos fraternos.
Ele, o Deus do esplendor da luz solar.
Ela, a Deusa cheia de conflitos internos.
Forjada e regida pelo universo lunar.
Enquanto Apolo se exibia aos mortais.
E era tido como exemplo de virilidade.
Artemis em seus arroubos virginais.
Resolveu preservar a sua castidade.
E por não desejar o próprio casamento.
Pede a Zeus que a declare independente.
Se por assédio foi vítima de tormento.
Matou alguns dos seus pretendentes.
Órion foi o único Deus a quem desejou.
Mas o matou por um trágico acidente.
Desde então a triste frieza a tomou.
E nunca mais quis saber da sua gente.
Embrenhou-se nas matas nativas.
Sempre cercada de animais selvagens.
Entre estes não tendo as ações cativas.
Nem recebendo grandes homenagens.
Conhecida como a grande curadora,
Das enfermidades do corpo feminino.
Das mulheres era a maior defensora.
E lhes dedicava um cuidado genuíno.
Tornando-se sua grande protetora.
Essas mulheres rendiam-lhe louvores.
Mas proteger os animais das florestas.
Para Ártemis era o maior dos valores.
E no templo onde lhes faziam festas.
Era venerada pelos grandes caçadores.
Mas se estes fossem vis predadores.
Como Agamenon, de vidas pregressas
Eram mortos como reles malfeitores!
Adriribeiro/@adri.poesias