Prece à Deusa Atena

De dentro da cabeça de um Deus.

Sendo este o seu próprio pai,

O Magnífico e poderoso Zeus.

É de onde essa guerreira sai.

Informado pelo oráculo de Gaia,

Que seu herdeiro seria mais forte.

Zeus fez pra grávida Métis tocaia.

E num rompante engoliu a consorte.

Mas a força da criança lhe acena,

Com uma terrível dor de cabeça.

Era a natureza aguerrida de Atena.

Que lhe diz: ou me solta, ou adoeça!

Zeus sofrendo de uma grande dor,

Ordenou a Hefesto que lhe abrisse.

O crânio. Apesar de todo o temor.

Para que aquele mau dali saísse.

Qual não foi a grande surpresa

Do crânio aberto eis que saiu Palas.

Uma moça de rara força e beleza.

Que a nenhuma outra se iguala.

Com seu escudo de Medusa,

Presente do meio-irmão Perseu.

Essa Deusa nunca se recusa,

A lutar pelos protegidos seus.

Deusa da sabedoria e da guerra.

Minerva, como em Roma é conhecida.

E venerada por todos naquela terra.

Por todas as batalhas já vencidas.

Muito cultuada na Grécia antiga.

Protetora dos gladiadores na arena.

A grande mãe que a lutar instiga.

Ó! Magnânima guerreira Palas Atena!

Vós que fostes a grande protetora.

De todos os povos da bela Ática.

Me ajude a ser também lutadora.

Não me deixe aqui, assim estática.

Sei que não sou sua sacerdotiza.

O pecado da carne já me impede.

Mas o meu coração de ti precisa.

E aqui nessa prece ele vos pede.

Acalma essa minh'alma indecisa.

E a minha frágil paz restabelece.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 06/10/2020
Reeditado em 03/11/2020
Código do texto: T7081211
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