O suicídio do corpo
O suicídio do corpo
Quando ela me abraçava
Eu gritava na porta do seu coração nas entrelinhas.
Quando ela lia os meus versos
Eu queria ser escutado e não julgado por ti.
Os olhos servem para enxergar as belezas
Escondidas pelas almas.
O corpo carrega um mar em que até o dono
Possui dificuldades para navegar.
Noites vazias
Meu corpo estava dolorido
E eu me encontrava abraçado com a solidão
E preso nos meus próprios questionamentos.
Eles engrandecem as rosas
Mas se esquecem de reconhecer os seus espinhos.
Geração moldada no vazio
Eles se preocupam em registrar tudo
E se esquecem de viver os momentos.
Tem dias que em que sinto o meu corpo
Sendo consumido por uma chuva de tristezas
E quando essa água escorre,
Eu escuto as minhas memórias gritarem.
Todos os dias, você morre aos poucos
Então, por que não procura investir em você?
Ao invés de ficar reclamando o tempo inteiro.
Escritores que tomam doses de devaneios
São os que produzem os textos mais profundos
Para se tocar nas almas é preciso
Reconhecer que as suas dores existem
Para que se consiga escrever nas entrelinhas
Os gritos que os leitores possuem medo de dizer.
Reflita nisso.
Os seus sentimentos fazem barulhos
Carregados de ensinamentos, mas
Você já resolveu refletir com o seu silêncio?