TEUS DESEJOS EMBEVECEM MINHA IRA
Teus desejos embevecem minha ira
Meu estômago viceja por teu sangue
Tuas vísceras se alimentam dos meus vômitos
Tuas entranhas desejam minha saliência
Nesta tumba onde me pedes clemências
Muitas outras me ofertam carne nova
Se eu soubesse que a gente se incomoda
Com a distância do nosso sepultamento
Eu teria morrido no mesmo momento
Que teu corpo livrou-se do espírito
No entanto meu acidente maldito
Sucedeu-se quando já estavas sepultada
E estamos distantes de muitas quadras
Neste enorme cemitério de Vila Formosa
Quanto tempos faz que a gente não goza
E não sabemos quando iremos resolver
Se for para voltarmos a vivermos
Eu espero reencontrar-te mais fogosa
Menstruando o teu sangue cor de rosa
Lambuzando a minha boca em delírios
Eu nem posso esperar que este vampiro
Ressuscite a tua alma cavernosa
Nossos desejos pelas plaquetas venosas
Avolumam-se para todo o eternamente.
Boa noite Luamor, a poesia gótica de certa forma me incita a criatividade, e o teu poema goza de primazia, parabéns por esta majestosa obra, um abraço, MJ.
Usuários do Youtube
vossas condutas me fascinam
antes de virar a esquina
terei mais de mil inscritos
é disto que necessito
para fazer transmissões ao vivo
https://youtu.be/peCJpf5g8AA
PUBLICADO NO FACE EM, 18/09/2020
LUSO POEMAS, 18/09/2020