Quando eu morri...
Enquanto caio nesse abismo silente e funesto
Desprovido de esperança ou alento
Despejo ao vento as palavras deste texto
Regadas de tristeza abundantes de sofrimento
Vivi minha vida como um tolo infantil
Segui os passos errados em estradas escuras
Persegui meus desejos com gana febril
E engoli a seco da vida as agruras
Amei a quem quis me amar e odiei também
Por vezes mordi mais do que podia mastigar
Daquilo que esperavam de mim fiquei aquém
Mas a expectativa fere quem insiste em confiar
E vi flores no caminho enquanto as pedras feriam meus pés
Senti o perfume da rosa sem ligar para o espinho
E hoje neste mórbido dia questiono-me; quem tu és ?
E sem resposta calo-me e morro sozinho!