Ao menos um de nós
Habito a solidão, a solidão dos meus versos
Neles invento, aumento e até minto, não ligo...
Minha casa é a sombria noite fria, um subverso
Onde sonhos e pesadelos são filhos que abrigo
A solidão não é companhia, é a estrutura do meu lar
São colunas e vigas que sustentam o meu ser
São pais, mães e filhos que eu quis adotar
São universos inteiros em palavras pra se ler
Habito a solidão e ela habita em mim
Eternamente juntos, diariamente sós
E quando talvez um dia chegar o fim
Ainda assim existirá ao menos um de nós