O Labirinto da Vida
Era uma alma orgulhosamente manipulada
Lutando com uma mente indisciplinada
O tempo carrega consigo um ramalhete de flores
Um vermelho escarlate se mistura entre as cores
Esparramando pelo mármore incandescente
O sol já não possui mais seu brilho ardente
A cavalaria do próprio inferno a me buscar
O que me faz, por fim, regozijar
Quantas noites eu simplesmente implorei?
Quantas vezes me decepcionei?
Assim eu me arrastava pelas estradas perdidas
Em tempos como esse sem nem mesmo um guia
Se alimentando com histórias supérfluas
Me cobrindo com o manto de juras pérfidas
Mesmo que em meu profundo saber eu os via
Mesmo que em meus sonhos eu os ouvia
É como se a escuridão fosse uma velha amiga
Triste, solitária e mal compreendida
Novamente o tempo destranca meu coração
Ignorando outra vez a doce e esperada ilusão
Do amor singelo e fraternal
Destruído pelo veneno amargo e mortal
Olhos carregados de segredos
Um sorriso despejando seus desejos
O grande labirinto incompleto da vida
Se perdendo para sempre a procura de uma saída
Contaminando-se com o mesmo ciclo vicioso
Inalando as sombras de caminhos tortuosos
Se apegue ao resquício de dignidade
Jogue fora sua máscara da vaidade
Entregue-se de braços abertos para as estrelas
E não permita mais que eles se esqueçam
Em seus ombros o fardo é pesado
Consequência de escolhas que fez ao acaso
Contudo, seus olhos ainda refletem a esperança
O combustível infalível dessa eterna dança