Canção ao Mar (Mar Eterno) Eugénio Tavares

LITERATURA AFRICANA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Os textos que você irá ler são poemas escritos

em Língua Portuguesa,

representativos

de vários lugares

pertencentes

ao Continente Africano:

Cabo Verde,

Moçambique

e São Tomé e Príncipe,

respectivamente.

Quando nos referimos à literatura de língua portuguesa,

a primeira ideia que nos vem é o que foi escrito em Portugal

(literatura portuguesa) ou no Brasil (literatura brasileira).

Mas, e os outros países que têm o português como língua oficial?

É a respeito dessas literaturas que trataremos a seguir.

2. Leia os textos I, II e III. Eles exemplificam literaturas

que vão além de Brasil e Portugal.

Responda às questões em seu caderno.

Texto I

Eugénio de Paula Tavares

Jornalista, escritor e poeta cabo-verdiano.

(* Vila Nova Sintra, Ilha Brava, 18 de outubro de 1867

+ Vila Nova Sintra, 1 de junho de 1930),

Nome completo Eugénio de Paula Tavares

Nascimento 18 de outubro de 1867

Vila Nova Sintra, Ilha Brava

Morte 1 de junho de 1930 (62 anos)

Vila Nova Sintra

Nacionalidade Cabo Verde Cabo-verdiano

Progenitores Mãe: Eugênia Nozolini Roiz Tavares

Pai: Francisco de Paula Tavares

Cônjuge Guiomar Leça (1890, sem filhos)

Ocupação Jornalista, escritor e poeta

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_Tavares#:~:text=Eug%C3%A9nio%20de%20Paula%20Tavares%20(Vila,escritor%20e%20poeta%20cabo%2Dverdiano.

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Canção ao Mar (Mar Eterno)

Eugénio Tavares

Oh mar eterno sem fundo sem fim

Oh mar das túrbidas vagas oh! Mar

De ti e das bocas do mundo a mim

Só me vem dores e pragas, oh mar

Que mal te fiz oh mar, oh mar

Que ao ver-me pões-te a arfar, a arfar

Quebrando as ondas tuas

De encontro às rochas nuas

Suspende a zanga um momento e escuta

A voz do meu sofrimento na luta

Que o amor ascende em meu peito desfeito

De tanto amar e penar, oh mar

Que até parece oh mar, oh mar

Um coração a arfar, a arfar

Em ondas pelas fráguas

Quebrando as suas mágoas

Dá-me notícias do meu amor

Que um dia os ventos do céu, oh dor

Os seus abraços furiosos, levaram

Os seus sorrisos invejosos roubaram

Não mais voltou ao lar, ao lar

Não mais o vi, oh mar

Mar fria sepultura

Desta minha alma escura

Roubaste-me a luz querida do amor

E me deixaste sem vida no horror

Oh alma da tempestade amansa

Não me leves a saudade e a esperança

Que esta saudade é quem, é quem

Me ampara tão fiel, fiel

É como a doce mãe

Suavíssima e cruel

Nas mágoas desta aflição que agita

Meu infeliz coração, bendita!

Bendita seja a esperança que ainda

Lá me promete a bonança tão linda!

TAVARES, Eugénio. “Canção ao Mar (Mar Eterno)”.

Disponível em <http://www.

dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_

obra=17624>. Acesso em: 05 fev. 2020.

J B Pereira, https://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_Tavares#:~:text=Eug%C3%A9nio%20de%20Paula%20Tavares%20(Vila e escritor%20e%20poeta%20cabo%2Dverdiano.
Enviado por J B Pereira em 29/08/2020
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