MIRTES E A VOZ DO DIABO IV
Os olhos intocados
da verdade escrita
batizada de verdade
por quem fala do tempo
do sábio que advinha
através de um livro
escrito com sangue!
Estas visões são flamas
ainda por inflamar
de novo de encontro
com o gosto depois que fica
Do sonho impossível
sentindo tocar a pele
falsifica a verdade antes
um vento conhecido
nada assusta nada indica
Podres restos caídos
por entre rasteiras flores
miúdas a frente caminho aberto
Faz correr sob a fome
de comer outra fruta
que avista no estranho
mundo novo aberto
Águas vertidas das copas
sombras dançando a volta
escorre folhas abaixo
lá de cima árvores queimadas
árvores vivas água viva
Agua quase descera
dos olhos a pouca ela via
a via da idade sagrada
Donde é que ela vinha?
Ela está vestindo o frio
que adentra vem vindo
mal vindo a noite aproxima
o caos do escuro mas
a sede faz dormir sua
carência de menina
"Morte ao possuidor da fonte
vou destruir o rastro e todo
casto divino do Deus criado
da coisa insipia que vira
depois de proscrita num
catre de fermentos eternos
sobe aos céus e brilha"
Me faz afogar de mágoas
pelo mesmo brilho que mata
por este filho destruído
Vou ver teus segredos
pelas janelas do que nasce
pra ver teu medo do escuro
Quando nascer de dia
estarei também no templo
olhando teu sopro sob
as tábuas estéreis que
nada dizem vou traduzir
aquele sangue escorrendo
Que gosto sentiu o
primeiro abutre a beber...
......tua ferida!
MUSICA DE LEITURA: UFOMAMMUT/ BABEL