MIRTES E A VOZ DO DIABO

Perdido intruso disfarça

sobre a rocha a impureza

do estupro nos olhos

obsecados pela vitrine

de longe ainda cega da

flor caindo quase abrindo

perto de seus pés por

onde vagam os vermes

incultos travestidos de

sombras humanas de

faces vermelhas olhos

azuis dentes a vista

coriza de sangue pele

desenhada de veias curvas

vertendo o que tem por

dentro no que está vivendo

da verdade trazida do

inferno ou seria da terra?

Onde encerra toda descoberta

que pode ser vivida!?

Desce a volúpia do espírito

o hino sagrado da besta

tem um ruído de tempo

gravado nas madeiras podres

da cerca de arbusto no campo

onde cresce a fantasia

de asas do brinquedo insípido

daquilo que o mundo não

conseguiu ainda vestir .

Venha comer os grãos

do mundo os que brotam

nos grandes troncos de

árvores velhas esquecidas

belas imortais nos quadros

nas telas do salão de visitas

onde o espanto não vê o

que morre de século e deixa

"tempo demais no chão

vento que carrega o ancião

vazio de corpo em vão".

Música pra leitura : UFOMAMMUT / Oroborus