Metades de um corpo
Corpo partido
Fragmentos de Literatura
Essências de Filosofia.
Duas e cinquenta e três
Estudando Virginia Woolf
Respirando Clarice Lispector.
São tantos sentimentos que me rodeiam
Que um livro não é o suficiente
Amadurecer é necessário
E você sabe muito bem disso.
Quando uma mulher fica em silêncio
Chove dentro dela.
A mulher forte de hoje
Foi a garota assustada de ontem.
E não se engane!
Os sorrisos nas fotos escondem segredos
Que você nem imagina.
Quantos silêncios você já deu
Quando se lembrou de alguns momentos?
Hoje ela se ama porque sabe como é
Sentir a tristeza arranhar a sua alma
E ainda ter que aprender a conviver com ela.
O poema está falando com você, não é?
Tenha orgulho de quem você é hoje
Mesmo que pisem em sua confiança
E machuquem o seu coração
Nunca desista de ser quem você é.
Existem memórias que tocam em nossas feridas
Existem sentimentos que nos esfria
E outros que nos reinicia.
Condenado a escrever
De mãos dadas com a melancolia
Como é sorrir quando o seu chão cai diante de ti?
Como é dizer que está tudo bem
Quando por dentro você só grita?
Textos tristes incomodam
Porque tocam em nossas feridas.
O que se passa na mente de alguém que já desistiu?
Existem coisas que a gente não percebe:
A geração de hoje busca viver o instante
Porque se começar a refletir
Sorrisos se encobrem e choros aparecem.
Pessoas estão se tornando vazias
Porque não aguentam mais
Serem machucadas.
Será que você não percebe?
O poeta que vos escreve está triste
Ou é a tristeza que molda o poeta?
“Tenho certeza de que vou enlouquecer de novo.”
Foi a primeira frase da carta suicida
de Virginia Woolf.
E guardem essa frase:
Memórias não se apagam,
Mas se passa um traço e segue em frente.