Vampira rainha
Tão doce era quando queria
Capaz de pacientemente escutar
Mas quando algo de verdade queria
Bradava para toda atenção chamar
E como dona que era das atenções
Nem precisava esperar muito por seus pedidos
Seus brados alertavam corações
Pois seus caprichos eram logo atendidos
Era mulher bela, mas também forte
De caráter firme e olhos profundos
Não sabia o que era azar ou sorte
Sentia-se a rainha de todos os mundos
Mas sua doçura era até compreensível
Pois quando queria acalmava o mundo
Pulso forte, postura irrepreensível
Quando falava, tirava do coração algo profundo
E assim entre a doçura e a força que tinha
Estava acima de todo pobre mortal
Era na verdade uma vampira que não se detinha
Diante das dores, não via o mundo como algo banal
Sua postura diante das suas necessidades
Era com volúpia e com urgência tudo resolver
Era rainha doce e voraz em suas verdades
E em vão nenhum sangue deixava correr