Conexões
Chove!
As águas caem sobre o meu rosto
E lá vem ela com o guarda chuva
Você está chorando?
Ela me perguntava.
É só impressão sua
Sorrisos forçados para finalizar o verso acima.
Em casa:
Os passos ficaram lentos
Sentei para escrever um poema
E até saiu um verso interessante:
“Um abraço pode desmontar um corpo”
Meu chão caiu ao ler o que está acima.
Deitado em uma cama vazia
Ao lado parede estava fria
Olho para a janela e me lembro de Descartes
Se penso, logo existo.
Por que quando eu penso
Eu me sinto tão inexistente?
O mundo não te permite estabilidades
Temos momentos felizes e temos nossas fragilidades.
Criei camadas
Amor pela Literatura
Desejo pela Filosofia
Amor para aprender
Desejo para ensinar
Pensamentos cheios
Coração vazio
Não por falta de opção
Mas por livre e espontânea vontade.
Me abraçaria para me ouvir
Ou apenas me consolar?
Você veio até a mim com palavras clichês
Ou para me ajudar?
Corpos precisavam de afetividade
Nos dias de hoje não tem sido muito assim
Caro Baruch Espinoza.
Duas e trinta e cinco da manhã
E eu lembrando das palavras de Clarice Lispector
“Faça com que a solidão não te destrua”
“E que a minha solidão me sirva de companhia.”
As palavras de Clarice estremecem a minha alma.
Dizem que a música fala com a alma
“E que a dúvida é o princípio da sabedoria”
Referência a Aristóteles no verso acima.
Eu segui o conselho do Nietzsche:
“Sem música a vida seria um erro.”
E agora escuto no Youtube
“Melody gothic instrumental”
E sempre escuto o segundo clipe da lista
O som do violino me acalma
E me inspira.
No mundo da minha mente:
Olhos fechados
Pensamentos gritando
Coração em silêncio
O que joga um corpo em uma depressão
É quando ele perde o sentido do que acredita
Tudo se torna tão sensível
Que um “Deixa de besteiras”
Destrói uma pessoa por dentro, sabe?
Corpos se isolaram
Pensamentos se acumularam
Pessoas ficam em silêncio
Enquanto os seus corações estão em conflito.
O que você enxergar com os seus olhos?
Essa é a pergunta que vos deixo.