Notas existenciais II
Continuo a minha caminhada nesse mundo
Onde as pessoas estão
Todos os dias lutando
Por suas sobrevivências.
Eu escrevo o que eu vejo
Eu rabisco o que eu sinto
Eu sorrio para os que se foram
E agradeço aos que ficaram
Precisei morrer...
Calma!
Foi da forma mais artística possível.
No palco da vida
Eu me tornei o protagonista
Em cenas em que lutei
Para ficar escondido
Me teleportei para dentro da minha mente.
Eu escrevo o que me arranha
E o que a minha alma grita
E nesse fechar e abrir de cortinas
Eu coloquei máscaras
Para não expor as minhas feridas.
Você tem noção de quantas pessoas sorriem por fora
Mas choram por dentro?
Poesias são uma bomba
Potências artísticas
Para muitos espectadores
Porém poucos se tornam
os protagonistas.
Cicatrizes marcaram o meu coração
Eu tive que ir embora
E não foi por fraqueza
Mas por excesso de cansaço
É amigos... Dói perceber quando o amor
Fica apenas de um lado.
Estou no palco de pé
E encarando os
Meus fantasma de frente.
Decepções são as marcas dos escritores
Hey!
Mais elas também são as pontes
Que ligam o corpo e a alma, meu bem.
Ânimo!
Escritores atravessam as almas
Porque entendem que
Amadurecer dói.
Crescer dói!
Clarice Lispector
Agora eu entendi a sua deixa.
Coloca no papel o que dói
E me diz
Se o seu texto te assusta ou te conforta.
Fechem as cortinas
E a pergunta de hoje é:
Quando um personagem muda de lugar
Ele revive a mesma cena?
Costura a sua dor
E cria um poema.
Por que me cobras, querida?
Por que me pedes para declamar frases que nem você mesma disse?
Durante o meu show
Morri várias vezes
Mas confesso que enganei
Todos vocês
Afinal, o personagem não morre
Ele apenas sai de cena
Para que a alma se torne a protagonista.