Assim se foi...

Derrepente tudo ficou cinza.

As flores desbotaram.

O sol perdera o brilho.

Junto com a chuva, o inverno sombrio...

Abrira-se a cova rasa...

Quem seria o estreiantante?

A terra vermelha molhada aguardava...

Logo sorveria a carne cansada...

Minhocas saltitantes preparavam suas mesas para o grande banquete de logo mais.

E com névoa daquela tarde chegava o convidado tão esperado a entregar-se inerte.

Quantas lágrimas falsificadas rolavam por ali...

O corpo sem vida ali estava sem um ah, dizer.

Se não podia se expressar em vida, agora então nem um suspiro de dor.

Era o alívio de uma vida tão conturbada.

Fecha a tumba!

- gritavam vozes ocultas.

Enquanto a cortina negra descia pra sempre.

-Sofreu o coitado...

Alguém sussurrou.

Lá, em meio a multidão...

Outra voz bradava:

-Por quê não eu?

Cada um tem seu minuto de paz eterna.

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Muito obrigada amigo Poeta Olavo

pela linda interação

11/08/2020 13:36

"A minha vida vai mais além

E nunca terá um fim

Enquanto existir alguém

Que lembre um pouco de mim."

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