Laços – Carta aberta.

Descalço em um caminho de rosas

De coração aberto

E com a alma despida

A vida é uma peça

E com um apenas um tombo

A gente sai de cena

E os nossos fantasmas se tornam os protagonistas

Meus caminhos se tornaram um quadro artístico

Que muitos leem, mas poucos compreendem

Eu me vejo no espelho

Com a alma desfocada

Cansado de tentar voltar

E ficar perdido no caminho.

Foi duro!

Perdi “amigos”

Perdi a mulher que eu amava

Sangrei em silêncio

Foram tantas coisas que

Você não sabe nem a metade.

Perdi por um tempo a minha melhor amiga

E ali eu vi

O meu chão caindo diante de meus olhos

E eu sem poder fazer nada.

Mas o tempo me trouxe duas amigas

Que sou eternamente grato

Me aceitaram!

Me abraçaram!

Me devolveram a felicidade

Que as decepções me roubaram.

Por muito tempo fui refém dentro da minha mente

Mas eu voltei daquele inferno

Porque precisava te mostrar

Que com força de vontade

Você renasce.

Não escolhi ser poeta

Mas recebi da poesia

O abraço que eu tanto precisava.

Mude!

Mude quantas vezes for necessário.

Aprenda!

Aprenda com os seus erros

E estenda a sua mão para o próximo

Pois quando você se for

Será as suas atitudes que serão lembradas.

Ligo o chuveiro

Fecho os meus e apenas sinto

Sentimentos escorrendo pelo o corpo

Mas para muitos são apenas

As águas caindo mesmo.

Chove dentro do meu silêncio

Transborda dentro do meu ser

Mas sabe o que é engraçado?

Quando eu resolvi pensar

Me prenderam!

Fiquem refém do meus pensamentos

Por que me ensinaram que

É mais fácil dizer um tanto faz

Do que dizer explicar

O porquê você não acredita.

O corpo que vos escreve

Amou alguém mais do que a ti mesmo

E esse foi o seu maior erro.

Valorize quem você ama

Mas principalmente

Quem é recíproco contigo.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 07/06/2020
Reeditado em 07/06/2020
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