SERIAL KILLER

As vezes eu me imagino como um serial killer

Mas não na história real, apenas no filler

Destruindo tudo o que vejo e sendo o que não quero ser

Cegando os olhos daqueles que só pensam em obter

Ontem mesmo matei um monarca

Esfolei seu corpo com a minha melhor faca

Sentei ao lado do seu corpo já frio e sem vida

E escrevi um poema enquanto degustava minha bebida

Uma taça dourada com sangue fresco

Sangue daquele que perdeu seu trevo

A vida as vezes parece chata sem a guerra

Quero cheiro de fumaça e terror na terra

Quero os reis morrendo em suas batalhas

E seus criados costurando suas mortalhas

Quero tudo mais intrínseco e concreto

Quero o pobre e o oprimido mais esperto

Cansei de guerras disfarçadas de paz cobertas por um contrato

Ao falso moralista que assina a paz eu desejo o seu assassinato

Mas não assinado e sim exposto

Sua morte em praça livre e sua cabeça jogada no esgoto

E sua história marcada pela derrota

Seus aliados cozinhados e preparados em uma torta

E quando outros usurpadores surgirem de novo

Ao tentarem roubar o trono do povo

Criaremos novos infantes e diletantes

Da revolução, verdadeiros amantes

Implantando seu apogeu deliberante

Do ódio, verdadeiros traficantes

Mas calma que essa história não é real

Não sou um serial killer

Mas talvez a história se tornasse mais legal

Se fosse como nesse filler.

Falso Poeta
Enviado por Falso Poeta em 24/05/2020
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