SERIAL KILLER
As vezes eu me imagino como um serial killer
Mas não na história real, apenas no filler
Destruindo tudo o que vejo e sendo o que não quero ser
Cegando os olhos daqueles que só pensam em obter
Ontem mesmo matei um monarca
Esfolei seu corpo com a minha melhor faca
Sentei ao lado do seu corpo já frio e sem vida
E escrevi um poema enquanto degustava minha bebida
Uma taça dourada com sangue fresco
Sangue daquele que perdeu seu trevo
A vida as vezes parece chata sem a guerra
Quero cheiro de fumaça e terror na terra
Quero os reis morrendo em suas batalhas
E seus criados costurando suas mortalhas
Quero tudo mais intrínseco e concreto
Quero o pobre e o oprimido mais esperto
Cansei de guerras disfarçadas de paz cobertas por um contrato
Ao falso moralista que assina a paz eu desejo o seu assassinato
Mas não assinado e sim exposto
Sua morte em praça livre e sua cabeça jogada no esgoto
E sua história marcada pela derrota
Seus aliados cozinhados e preparados em uma torta
E quando outros usurpadores surgirem de novo
Ao tentarem roubar o trono do povo
Criaremos novos infantes e diletantes
Da revolução, verdadeiros amantes
Implantando seu apogeu deliberante
Do ódio, verdadeiros traficantes
Mas calma que essa história não é real
Não sou um serial killer
Mas talvez a história se tornasse mais legal
Se fosse como nesse filler.