Tal qual cata-vento

Ela, tão taciturna

Anda no escuro das ruas lúgubres

Ela, sempre soturna

É amiga dos corvos e da lua

Ela, a imperatriz da noite

Tem como véu a neblina

Da madrugada que lhe é um açoite

Ela, que veio de lugar algum

É filha do tempo, do vento

Sua estadia penosamente

Sepulcral tal qual cata-vento.

Eduarda DS
Enviado por Eduarda DS em 18/04/2020
Código do texto: T6921409
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