Tal qual cata-vento
Ela, tão taciturna
Anda no escuro das ruas lúgubres
Ela, sempre soturna
É amiga dos corvos e da lua
Ela, a imperatriz da noite
Tem como véu a neblina
Da madrugada que lhe é um açoite
Ela, que veio de lugar algum
É filha do tempo, do vento
Sua estadia penosamente
Sepulcral tal qual cata-vento.