Peso
Carrego comigo o peso de tantas vidas
Lembranças de tormentos já vividos
Sentimentos que foram quebrados
Em uma existência tão solitária e cruel
Os meus medos ainda me assombram
Como aparições de semblantes frios
Tornando-me passível de toda culpa
Do que hoje existe dentro de mim
Sinto meu peito congelado pelo frio
Que tomou conta de minha alma
Sinto o rancor se transformar em pranto
Quebrando o silêncio que me possuía
As lágrimas insistem em cair lentas
Molhando meu rosto e minha boca trêmula
Que clama por um destino de paz
Balbuciando palavras jamais escutadas
Fecho meus olhos trancando lágrimas
Implorando que já não se abram
Clamando pelo beijo apaixonado e frio
Do anjo que me guiará pela eternidade