Divinas Senhoras

Divina chama tenha piedade

Dos mortos aflitos pelos seus lábios

Chamando a si mesmo

A dor não tem vida

a vida se desfez.

Senhora das lâminas dos ventos cortantes

São tuas palavras

Vorazes sombras em aço

Soa ao som do sussurro

A vida talvez seja mínima

Quem sabe fértil sem amor

Soando em palavras indistintas

Clamando ao fogo para viver.

Senhora do amor despedaçado

Chorando sangue pelos flagelados

Desabrigados, torturados

Fugindo das guerras, corrupção

Traz tua misericórdia lenta

verte água a quem tem sede

Dê alimentos a quem tem fome

Mas o amor a outro, já se foi.

Divina chama do silêncio

Eu quero partir sem dores em meu peito

Sangro nas lágrimas profundas

Prefiro deitar-me em espinhos

Do que beijar-te outra vez.

Paullo Magalhães
Enviado por Paullo Magalhães em 31/03/2020
Código do texto: T6902505
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