Ao Ceifador Sinistro
Todos os dias eu vejo
Pessoas que não se conformam
Pessoas idosas se vão
Lágrimas novas se formam
Nos rostos dos entes queridos
A tristeza de quem lamenta
A morte, sempre presente
E que a todos nós atormenta
Entre várias canções e hinos
Palavras de saudades e dor
Por aqueles que estão indo
Para o Plano Superior
Testemunho discursos e dizeres
que traduzem a dor do perder
Rezas e orações se proferem
Demonstrando um mórbido desprazer
Sou testemunha da fúnebre dor
De pessoas que a consideram normal
Desde quando me tornei digitador
Do Cemitério Municipal