>O fantasma e o poeta
O fantasma:
Curva-te reles mortal
Pois sou teu castigo
Sou a cavaleiro espectral
O fim do teu destino
Sou teus pesadelos
A carcaça de teus amores
Sou o ser medonho
Que te trará horrores
O poeta:
O que queres, criatura repugnante?
Não vês que sofro e agonizo?
Trago em mim um coração doído
Pela perda de minha amante
O fantasma:
Quero ser teu último companheiro
A derradeira e negra aparição
Sou eu quem carregarás no peito
O fantasma chamado solidão