Negra Prisão

Triste masmorra na qual me findo,

De agonia, lágrimas, sangue e dor,

Com a morte à minha porta rindo,

E eu chorando a perda de meu amor.

Gárgulas gorjeiam ao meu tormento,

Abutres riem ao me ver passar,

Anjos choram em lamentos,

Fui condenado pelo crime de amar.

O badalo de um sino marca minha execução,

A morte já não é tão ruim;

Antes ela que viver a triste desilusão

De que meu amor chegou ao fim.

Agora livro-me desta negra prisão

De agonia, lágrimas, sangue e dor,

Que nada mais é que meu triste coração,

Morto! Por dizer-me adeus, Amor!

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 06/02/2020
Reeditado em 21/10/2024
Código do texto: T6859525
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