Mundo de Papel
Meu corpo desmonta todos os dias
Como um jogo de quebra-cabeça
O tempo ficou distorcido
É os fantasmas me fizeram uma visita.
Fracassamos!
Tentamos reviver coisas
Que jamais voltarão.
Imagine escrever e chorar ao mesmo tempo
Só assim sentirá o peso desse poema
O coração buscou entender
O que a alma precisa sentir
Meu coração era rasgado
Quando tinha que aconselhar
As pessoas que mais me machucavam.
Mergulhei dentro da minha solidão
Para sentir os aromas das minhas essências
E foi ali que eu descobri
Que amadurecer é ser cortado
Com as intensidades das nossas experiências.
Foi por pouco
Mas eu consegui voltar
Para contar a vocês o resto da história
Um corpo que não marcado por palavras
É apenas um cadáver.
Chegou um tempo em que
Eu estava morto
Caminhando entre os vivos
“O que eu desejo ainda não tem nome”
Clarice Lispector,
Obrigado por me fazer sentir isso.
O sorriso foi silenciado
E foram poucos que perceberam isso
Naveguei dentro dos meus pensamentos
E comecei a afundar dentro
Da minha própria mente.
A minha alma chorou
Quando sentiu o meu corpo desistir
Desculpe!
Eu demorei para voltar
Porque acabei me perdendo no caminho.
Mergulhei dentro da minha solidão
Para tentar colar os pedaços que restaram
A alma se tornou a protagonista da cena
Ela viu um mundo tão frágil quanto um papel
E ficou assustada
Quando viu que nas paredes do meu corpo
Haviam gritos em formas de poesias.
E quando comecei a refletir
Abrir uma porta
E me deparei com um mundo de vidro.