Morte

Carne e osso, o colapso final

O recall não mais opcional

Game over, reset, nossa moral

Existência, jogo, somos fichas

Ao pó fadados, cara na terra

O reality, sabemos que encerra

Chamado sombrio, urge, berra

Históricas linhas o nome fixas

Inevitável epitáfio, assim será

Tal música, vitória não há

Fatality, breu, knock out

Slow, fast, sepultura cai

Basta drift, logo se esvai

Hasta la vista, good bye

Death, the end, black out

Superávit inexiste, boa sorte

Vida é cotada na morte

Amarga, wasabi, raiz forte

Dessa forma é capitalizado

Na esquina, trágico acidente

Tiros, trânsito, o coeficiente

Furacão, terremoto, enchente

A natureza é um campo minado

Revoltas, guerras, disputas

Armas, soldados, lutas

Sobrevivem as mais astutas

Caos compõe todo cenário

Terrorismo, caras da religião

Explodir, suicídio, a profissão

Paraíso, virgens, sexy ilusão

O diabo os recebe nesse horário

Pestes, vírus, as pandemias

Pessoas caem todos os dias

Câncer chega, como farias

Se essência tua enegrecer

Condenados pelo alcoolismo

Escravos fiéis do tabagismo

Sem segredo ou misticismo

Time ajustado para padecer

Inquisição reinava a guilhotina

Ditadura, tortura era a doutrina

Racismo, para selvageria destina

O canibal consome a sua caça

Auge da depressão, cortar pulso

Avião falhando, no ar expulso

Choque, repelido, dali repulso

Uma alergia, alimentar desgraça

Para morrer, estar vivo basta

Rico, pobre, não escolhe casta

Mesmo longe, ainda não afasta

São centímetros para você ruir

Calúnia, afirmar, não tem medo

Do universo é o superior segredo

Nasceu, findará, este é o enredo

Desenhado e não dá para corrigir

Jonnata Henrique 06/01/2020

JonnataHenrique
Enviado por JonnataHenrique em 06/01/2020
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