Mundo abalado

Meu mundo foi abalado

Quando eu encontrei em uma tarde

Um pássaro azul.

O animal voava sozinho

E eu me perguntava:

Ele está livre ou solitário?

Uma pessoa que escreve poemas

Carrega vazios ou apenas

Incorporar os personagens?

Eu pareço durona

Mas tudo aqui dentro é frágil

Eu me encontro em um fio existencial

E o passo que eu der

Pode me derrubar ou me fazer avançar.

Mas eu preciso te dizer que

Reconhecer que doi não é fraqueza

Mas é um ato de coragem.

Mergulhei perante o meu ser

Para sentir as dores que guardei dentro de mim

E confesso que foi difícil acessar

As memórias que eu luto para esquecer

E as outras que fingi que esqueci.

Já perdi as contas dos dias que

Eu disse que estava bem

Mas era tudo mentira.

E não foi por fraqueza que eu não quis falar

Mas foi porque eu escolhi superar sozinha.

Por que reconhecer doi tanto?

Já sentiu a sensação de que

É estranho falar que não estamos bem

E que só queremos ficar sozinhos?

Meus versos são como um livro

Um compilado de histórias

Não contadas

Porque foram escritas com as almas

Não me pressione!

Eu não sou obrigada a ficar aqui

Cobrar as pessoas mais afasta

Do que aproxima

Você sabia disso?

É necessário caminhar no caos

Para que veja os caminhos

E neles não existem lâmpadas

É você que precisa escolher

Qual deles iluminará a sua alma.

Não me chame de fria

Porque você não tem a essência

Que seja capaz de mudar isso.

Não diga que eu não amo ninguém

Você não estava lá

Quando eu senti a dor

De ter o coração despedaçado por inteiro.

Chegou o tempo de tomar decisões

E ao meu lado

Eu só quero os meus pensamentos

Sejam a minha companhia.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 26/12/2019
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