Mundo abalado
Meu mundo foi abalado
Quando eu encontrei em uma tarde
Um pássaro azul.
O animal voava sozinho
E eu me perguntava:
Ele está livre ou solitário?
Uma pessoa que escreve poemas
Carrega vazios ou apenas
Incorporar os personagens?
Eu pareço durona
Mas tudo aqui dentro é frágil
Eu me encontro em um fio existencial
E o passo que eu der
Pode me derrubar ou me fazer avançar.
Mas eu preciso te dizer que
Reconhecer que doi não é fraqueza
Mas é um ato de coragem.
Mergulhei perante o meu ser
Para sentir as dores que guardei dentro de mim
E confesso que foi difícil acessar
As memórias que eu luto para esquecer
E as outras que fingi que esqueci.
Já perdi as contas dos dias que
Eu disse que estava bem
Mas era tudo mentira.
E não foi por fraqueza que eu não quis falar
Mas foi porque eu escolhi superar sozinha.
Por que reconhecer doi tanto?
Já sentiu a sensação de que
É estranho falar que não estamos bem
E que só queremos ficar sozinhos?
Meus versos são como um livro
Um compilado de histórias
Não contadas
Porque foram escritas com as almas
Não me pressione!
Eu não sou obrigada a ficar aqui
Cobrar as pessoas mais afasta
Do que aproxima
Você sabia disso?
É necessário caminhar no caos
Para que veja os caminhos
E neles não existem lâmpadas
É você que precisa escolher
Qual deles iluminará a sua alma.
Não me chame de fria
Porque você não tem a essência
Que seja capaz de mudar isso.
Não diga que eu não amo ninguém
Você não estava lá
Quando eu senti a dor
De ter o coração despedaçado por inteiro.
Chegou o tempo de tomar decisões
E ao meu lado
Eu só quero os meus pensamentos
Sejam a minha companhia.