Almas a penar
A minha alma recursa-se,
a aceitar sobretudo as cargas
pesadas deste mundo.
As minhas forças já não permitem,
estão fenecendo,
não cabem mais às razões.
Sinto-me, como teias de aranhas
de um sotão num amontoado de
móveis cobertos pelo pó.
Seguida de monstros com pesar
almas a penar espelhos velhos
que quase não consigo visualizar.
Num instante um buraco negro
profundo exímio sepulcro caiado
de olhos virados, dentes expostos
Nem carne , nem pele, só vermes
ossos na sepultura!
Morada de bichos e terra.
Mary Jun
Obrigada, querido poeta. Belíssima interação!
Não quero sentir o cheiro
De carnes em decomposição
Minha alma sairá primeiro
Antes da última saudação."
Poeta Olavo
Acho que ninguém merece,
Essa tristeza tão dura
Pois a alma enfraquece,
E fica na sepultura.
Jacó Filho