Almas a penar

A minha alma recursa-se,

a aceitar sobretudo as cargas

pesadas deste mundo.

As minhas forças já não permitem,

estão fenecendo,

não cabem mais às razões.

Sinto-me, como teias de aranhas

de um sotão num amontoado de

móveis cobertos pelo pó.

Seguida de monstros com pesar

almas a penar espelhos velhos

que quase não consigo visualizar.

Num instante um buraco negro

profundo exímio sepulcro caiado

de olhos virados, dentes expostos

Nem carne , nem pele, só vermes

ossos na sepultura!

Morada de bichos e terra.

Mary Jun

Obrigada, querido poeta. Belíssima interação!

Não quero sentir o cheiro

De carnes em decomposição

Minha alma sairá primeiro

Antes da última saudação."

Poeta Olavo

Acho que ninguém merece,

Essa tristeza tão dura

Pois a alma enfraquece,

E fica na sepultura.

Jacó Filho

Mary Jun
Enviado por Mary Jun em 28/10/2019
Reeditado em 31/10/2019
Código do texto: T6781183
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